A Bela Adormecida
A princesa que dormiu cem anos até o beijo do verdadeiro amor
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Era uma vez, em um reino distante, um rei e uma rainha que desejavam muito ter um filho. Depois de muitos anos de espera, finalmente nasceu uma linda princesa. A alegria foi tão grande que o rei decidiu fazer a maior festa que o reino já havia visto.
O rei convidou todas as fadas do reino para serem madrinhas da pequena princesa. Havia sete fadas no total, e cada uma delas traria um dom mágico para a menina. A festa foi esplêndida, com músicas, danças e um banquete maravilhoso.
Quando chegou o momento dos presentes, as fadas se aproximaram do berço da princesa, uma por uma. A primeira fada deu-lhe o dom da beleza. A segunda, o dom da bondade. A terceira ofereceu graça em todos os seus movimentos. A quarta deu-lhe uma voz melodiosa como um rouxinol. A quinta presenteou-a com inteligência brilhante. A sexta fada deu-lhe o talento para a música e a dança.
Mas antes que a sétima fada pudesse dar seu presente, uma fada má e velha, que não havia sido convidada para a festa, apareceu em uma nuvem de fumaça negra. Furiosa por ter sido esquecida, ela apontou seu dedo trêmulo para o berço e lançou uma terrível maldição.
— A princesa crescerá linda e talentosa, mas no dia em que completar quinze anos, espetará o dedo em um fuso de tear e morrerá! — E desapareceu em meio a risadas sinistras.
Todos ficaram horrorizados. A rainha chorou, e o rei ficou desesperado. Foi então que a sétima fada, a mais jovem de todas, se aproximou. — Majestades, não tenho poder para desfazer completamente a maldição, mas posso amenizá-la. A princesa não morrerá. Quando espetar o dedo no fuso, ela cairá em um sono profundo que durará cem anos. Somente o beijo do verdadeiro amor poderá despertá-la.
O rei, tentando evitar a profecia, ordenou imediatamente que todos os fusos de tear do reino fossem queimados. Ninguém mais poderia fiar no reino.
Os anos passaram, e a princesa cresceu exatamente como as fadas haviam previsto: ela era bela, bondosa, graciosa, inteligente e talentosa. No dia de seu décimo quinto aniversário, enquanto todos preparavam sua festa, a princesa estava explorando o castelo.
Em uma torre alta que ela nunca havia visitado, encontrou uma velha fiandeira que, isolada do mundo, não sabia da ordem do rei. A princesa, que nunca havia visto um fuso, ficou fascinada. — O que é isso? Posso tentar? — perguntou com inocência.
No momento em que tocou o fuso, espetou o dedo. Uma gota de sangue brotou, e a princesa caiu no chão, adormecida. A maldição se cumpriu.
Imediatamente, a magia da sétima fada também se manifestou. Todos no castelo adormeceram: o rei e a rainha, os guardas, os criados, até os cavalos nas estrebarias e os pássaros nos ninhos. Uma enorme floresta de espinhos e roseiras selvagens cresceu ao redor do castelo, protegendo-o do mundo exterior.
Cem anos se passaram. Muitos príncipes tentaram atravessar a floresta de espinhos, mas nenhum conseguiu. Até que um dia, exatamente cem anos depois, um príncipe corajoso e de coração puro chegou ao reino. Quando ele se aproximou da floresta, algo mágico aconteceu: os espinhos se abriram como portas, formando um caminho só para ele.
O príncipe atravessou o castelo silencioso, vendo todos adormecidos, até que encontrou a torre. Lá estava ela, a princesa mais linda que ele jamais havia visto, dormindo pacificamente. Tocado por sua beleza e por um sentimento que nunca havia experimentado, o príncipe se curvou e beijou suavemente seus lábios.
Os olhos da princesa se abriram. Ela sorriu para o príncipe e disse: — Você veio finalmente! Eu estava sonhando com você. Naquele instante, todo o castelo despertou. O rei e a rainha abraçaram sua filha, e houve grande celebração. O príncipe e a princesa se casaram, e viveram felizes para sempre.